Acidente com morte no Beach Park foi causado por 'excesso de peso', diz laudo

O acidente que matou um radialista em julho deste ano no Beach Park foi ocasionado por “excesso de peso” e “distribuição irregular dos participantes” na boia em que quatro pessoas desciam no brinquedo “Vainkará”. A conclusão é do laudo pericial da Coordenadoria de Perícia Criminal ligada à Secretaria de Segurança do Estado, obtido com exclusividade pelo portal G1.
O laudo aponta que os quatro participantes fizeram uso correto do brinquedo, se mantendo na posição correta na boia. Ricardo José Hilário Silva morreu no trecho final do brinquedo, no dia 16 de julho, apenas dois dias depois de o brinquedo ser inaugurado. A boia tombou após a última curva, e Silva bateu com a cabeça no chão do brinquedo.
O limite de peso dos quatro participantes, que descem simultaneamente na mesma boia, deve ser de 320 quilos, conforme as normas do brinquedo. José Hilário desceu com outras três pessoas que somavam 390 quilos, conforme o documento.
O laudo diz que fatores associados ao excesso de peso e a distribuição irregular dos ocupantes na boia são “de responsabilidade do operador/parque, tanto de avaliar o peso total como distribuição dos ocupantes na boia”. À época do acidente, o Beach Park informou por meio de nota que checa o peso dos participantes. No entanto, os três sobreviventes que desceram na mesma boia que Silva, disseram que não houve essa aferição.
Procurado pelo G1 neste momento, o Beach Park afirmou em nota que não irá se pronunciar. A ProSlide, fabricante do produto, ainda não respondeu aos questionamentos do portal.
A defesa da família do radialista afirmou que ainda não houve nenhuma proposta do Beach Park relacionada à indenização pela morte.
O laudo afirma que os quatro participantes da descida não tiveram responsabilidade no acidente, mas é inconclusivo ao apontar um culpado. Para o advogado da família, no entanto, a conclusão aponta que houve falhas por parte do estabelecimento, entre elas, a ausência de verificação dos pesos dos quatro ocupantes da boia.
Ao G1, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará informou que há um inquérito policial sob a responsabilidade da Delegacia de Proteção ao Turista. O Ministério Público do Estado do Ceará informou que o inquérito ainda está tramitando e, por isso, o procedimento não chegou ao órgão. Dessa forma, não há possibilidade de oferecimento de denúncia.
Fonte: G1

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