Pequeno negócio cresce no interior

Além dos bordados e confecções, as oportunidades se ampliam no Seridó com a chegada de cursos acadêmicos na área da saúde
O número de pequenos negócios cresceu aproximadamente 102% nos últimos três anos no interior do Rio Grande do Norte. O aumento representou a abertura de 25.248 novos micro e pequenos empreendimentos. Em 2010, esse valor era 24.843 e saltou, em 2013, para 50.091. Os dados são da Receita Federal e foram analisados todos os municípios do estado, o que exclui da lista as dez cidades da região metropolitana de Natal. Os pequenos negócios são a soma das quantidades de Micro Empreendedores Individuais (MEI), Micro Empreendedores (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).
Mossoró e Caicó despontam no aumento desses pequenos negócios. Há três anos a cidade mossoroense abrigava 4.491 micro e pequenos empreendimentos. No ano passado, esse número aumentou para 9.150. Os serviços e comércios nas áreas de beleza, saúde e bem estar são os impulsionadores do crescimento de pequenos negócios na cidade. Isso é o que aponta a analista da Unidade de Orientação Empresarial do Sebrae no Rio Grande do Norte,  Ann Cynthia de Amorim Leite Ferro.“Os pequenos negócios nessas áreas têm surgido para atender a demanda dos novos moradores”.
Já em Caicó, na região Seridó, a quantidade de pequenos negócios subiu 108%. O artesanato continua sendo uma atividade forte na região. Mas um fenômeno interessante é esperado para os próximos anos. A instalação dos institutos federais na cidade tem trazido para a região um público jovem. “A chegada de cursos universitários na área de saúde é uma boa oportunidade para a abertura de novas clínicas. Esses profissionais podem montar seus empreendimentos na cidade”, identifica Ann  Amorim.

De acordo com o diretor superintendente em exercício do Sebrae-RN, João Hélio Cavalcanti, o ambiente econômico mais favorável e a lei geral da micro e pequena empresa foram fundamentais para essa elevação no número de pequenos negócios no interior do estado. “O aumento do poder aquisitivo tem contribuído bastante para esse resultado. Assim como a adesão dos municípios a Lei Geral das micro e pequenas empresa”, afirma. Com essa lei, foi instituído o regime tributário específico para o segmento, com redução da carga de impostos e simplificação dos processos de cálculo e recolhimento, que é o Simples Nacional. 

Outro destaque foi criação do MEI. O Microempreendedor Individual, que é pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário optante pelo Simples Nacional, com receita bruta anual de até R$ 60 mil. 


Fonte: Tribuna do Norte.

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