Copa leva país ao maior aperto desde o apagão de 2001


A Copa do Mundo fará o setor elétrico passar pelo maior aperto desde o apagão de 2001. Na ocasião, o país conseguiu economizar a pouca água existente em hidrelétricas com um racionamento.

Agora, o governo tentará obter o mesmo resultado com o uso maciço das termelétricas, que são mais poluentes (usam gás, óleo ou carvão) e mais caras. Para reduzir o repasse aos consumidores finais, devem ser feitas mudanças regulatórias, mas o mecanismo ainda não foi definido.

Os reservatórios das usinas do Sudeste e do Centro-Oeste terão de alcançar, até novembro, volume de água armazenada nos reservatórios de 47% da capacidade. No Nordeste, a meta é 35%.

A EPE (Empresa de Pesquisa Energética) afirma que esse objetivo, chamado de "nível meta", vai garantir o abastecimento do país no ano do Mundial mesmo se o próximo verão for o pior em chuvas da série histórica de 80 anos.

"Se tivermos um verão com o menor volume de chuva da série histórica, ainda assim não teremos problemas com o atendimento da demanda em 2014", diz Maurício Tolmasquim, presidente da EPE.

Para cumprir a meta, o conjunto das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste, que ontem tinham 60,15% do volume armazenado, poderá perder apenas 13 pontos percentuais nos próximos sete meses. No caso do Nordeste, que ontem estava com 45,7% da capacidade, o limite de perda será de pouco mais de 10 pontos percentuais.

A não ser no ano do racionamento, o consumo de água para geração de energia hidrelétrica sempre superou o patamar exigido agora. 

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