Walter Alves participa das discursões sobre a retomada do plantio de algodão no RN

Buscando retomar a cultura do plantio de algodão, que no passado já foi um dos grandes pilares da economia potiguar, o senador Garibaldi Alves (PMDB) promoveu, no último sábado, 22, uma audiência pública na cidade de Angicos para discutir a viabilidade do cultivo.

O evento foi marcado pelas presenças do Ministro da Previdência, Garibaldi Filho, do deputado estadual Walter Alves, de prefeitos da região e, sobretudo, dos agricultores, que ouviram atentamente as palavras do chefe-geral da Embrapa, o pesquisador Napoleão Beltrão, que garantiu a eles que é possível reavivar o cenário algodoeiro em solo potiguar.

O deputado Walter Alves avaliou a notícia do pesquisador como bastante positiva. O parlamentar comentou que o retorno do cultivo do algodão vai garantir também o retorno do homem do campo aos municípios, que se esvaziaram com o declínio desse tipo de plantio, que perdeu espaço para a praga do bicudo e também por decorrência de outros fatores.

“Temos que ampliar a discussão sobre esse assunto e buscar a união entre as prefeituras, o governo estadual e federal, além da atuação de órgãos como a Embrapa, que será parceira e é quem vai garantir o acesso à informação, por parte dos agricultores. A região do Seridó já teve sua economia áurea com o plantio do algodão”, disse o deputado Walter Alves.

Com mais de trinta anos dedicados à pesquisa do algodão, o pesquisador Napoleão Beltrão – chefe-geral da Embrapa, apresentou durante a audiência pública um retrospecto da cultura do algodão no Rio Grande do Norte.

Segundo ele, o Estado já produziu o melhor algodão do Brasil. Ele falou ainda sobre as novas tecnologias que podem fazer com que o Estado novamente seja um grande produtor da matéria-prima.

“O Rio Grande do Norte já chegou a ter uma área cultivada de 500 mil hectares. Hoje só possui 3 mil”, disse.

E complementou: “Com as novas tecnologias há grande possibilidade de retomar a produção e produzir inclusive o algodão de fibra extralonga, muito procurado e que o Brasil compra todo de fora”, explicou. Quem participou do evento ficou certo de que é possível a revitalização do algodão de modo que a área cultivada passe a contribuir mais para atender a demanda do Estado, que é de 70 mil toneladas de pluma por ano.